No trilho dos direitos humanos
Descrição Breve
Nesta atividade os alunos criam uma linha do tempo sobre a história dos direitos humanos. O myHistro é uma ferramenta que permite criar linhas do tempo (timelines) baseadas em mapas, complementadas com texto, imagens ou vídeo. Está online, é gratuita e fácil de utilizar. Criando linhas de tempo, os alunos podem organizar e explicar acontecimentos de forma criativa e dinâmica.
Justificação
A nossa experiência pessoal diz-nos que não só que a capacidade de pesquisa envolve o domínio de diferentes skills, como há também diferentes formas de pesquisar e organizar a informação, mesmo quando diferentes pessoas trabalham na mesma tarefa.
A chave para desenvolvermos a capacidade de pesquisa parece envolver, pois, um certo grau de autonomia e flexibilidade e, como professores, a melhor coisa que podemos fazer é oferecer aos alunos oportunidades concretas de pesquisa e sugerir-lhes maneiras de organizarem seus processos de trabalho.
Ao fazer a história dos direitos humanos numa linha de tempo e baseada em mapas, os alunos adquirem uma visão mais global da questão. Ao colocar imagens, vídeos e textos, os alunos explicitam o que compreenderam das suas pesquisas e o que consideram mais importante na história. A facilidade de partilha dos seus trabalhos através de mensagens ou de redes sociais é também uma mais valias.
Aprender o quê?
- Criar linhas de tempo.
- Organizar e apresentar acontecimentos históricos.
Notas & Links para as ferramentas
O myHistro (http://www.myhistro.com/) é um ferramenta gratuita que permite criar timelines com mapas e imagens acerca de determinado tema ou evento. Fornece modelos de linha do tempo que podem ser alterados de acordo com as necessidades do utilizador. É necessário criar conta de utilizador.
O Padlet (https://padlet.com/) é uma aplicação gratuita que permite que os seus utilizadores expressem as suas opiniões sobre determinado tema através da criação de um mural digital onde podem inserir qualquer conteúdo, desde imagens a vídeos e a texto. Permite a colaboração com outros usuários, potenciando a partilha de ideias. Para criar um mural digital, é necessário criar uma conta.
Descrição da atividade
Antes de mais mostre aos alunos um exemplo de uma timeline. Aceda a http://www.myhistro.com e explore as histórias que lá existem. Escolha uma que seja adequada para os seus alunos, percorra-a e vá referindo as características chave deste tipo de organização sequencial da informação (mapa, datas, texto, imagem, etc.).
Divida os alunos em pequenos grupos. Cada grupo terá que pesquisar os acontecimentos mais marcantes na história dos direitos humanos. Do que encontrarem, os alunos deverão selecionar apenas dez acontecimentos. Será importante indicar-lhes que precisam de identificar não só o que aconteceu, mas também quando e onde. Aproveite para discutir com eles a fiabilidade das fontes históricas e as formas de verificar se determinada informação é verdadeira. Lembre-os, por exemplo, que qualquer pessoa pode contribuir para a Wikipedia, e talvez a qualidade de alguns conteúdos aí disponíveis possa ser discutível. Solicite que façam upload do material que encontraram para a pasta criada no Google Drive.
Após terem selecionado a informação mais importante, devem procurar imagens ou vídeos que possam ilustrar esses acontecimentos. Se quiserem, podem também criar as suas próprias imagens usando algum software de desenho.
Os grupos de alunos devem depender do número de computadores na aula. Aconselha-se um número entre 2-3 alunos por grupo, para que todos possam trabalhar com a ferramenta. Se houver mais computadores, os alunos de cada grupo podem dividir tarefas (pesquisa de imagens, redação de textos, etc.).
Quando todos os grupos tiverem terminado o trabalho de pesquisa, os alunos devem aceder a http://www.myhistro.com, fazer o seu login e começar a sua história. Antes de introduzir a ferramenta em aula, crie a sua própria conta e explore todas as potencialidades. Ainda que seja fácil de utilizar, isso dar-lhe-á confiança para esclarecer os alunos em caso de alguma dificuldade. Quando a história estiver terminada, cada grupo deve apresentá-la à turma. O feedback do professor e dos colegas podem ser deixados, por exemplo, numa página do Padlet (http://www.padlet.com) para que possam voltar mais tarde e consultar os comentários. Após verem e comentarem todas as histórias, os alunos devem voltar à sua história e modificar o conteúdo de acordo com as opiniões recebidas, se necessário. No fim, cada grupo pode publicar a sua história no seu espaço online pessoal, da escola ou da turma. O myHistro permite partilhar através de várias redes sociais. A ferramenta é segura. No entanto, uma vez que exige um registo, aconselhamos a consulta da política de privacidade em http://www.myhistro.com/privacy.
Em relação às imagens e aos vídeos, será necessário alertar os alunos para a questão dos direitos de autor que possam estar associados aos mesmos. Pode encontrar mais informações sobre estas questões na rubrica Segurança, neste espaço.
Sequência
- Explorar histórias existentes no myHistro, de modo a descobrir as caraterísticas chave da organização de informação.
- Pesquisar, em pequenos grupos, os momentos mais marcantes da história dos direitos humanos e selecionar 10 acontecimentos.
- Identificar o que aconteceu, quando e onde.
- Discutir a fiabilidade das fontes históricas e as formas de verificar a veracidade dos fatos.
- Pesquisar imagens ou vídeos ilustrativos dos acontecimentos a apresentar.
- Aceder ao myHistro e começar a criar a história.
- Apresentar a história à turma.
- Deixar o feedback do professor e colegas no Padlet.
- Modificar o conteúdo da história de acordo com o feedback recebido.
- Publicar a história no espaço online pessoal, da escola ou da turma.
Sugestões & Dicas
Experimente propor aos alunos a realização desta atividade sem papel! Para isso, crie uma pasta no Google Drive http://www.drive.google.com para cada grupo armazenar informações, documentos, fotos e os clipes de vídeo que usarão nos seus projetos.
Solicite aos alunos que acedam a http://dsl.richmond.edu/emancipation/ e observem diferentes e eficazes formas de representação de dados, neste caso sobre direitos humanos.
Sugira aos alunos para explorarem o http://www.capzles.com para procurarem timelines e histórias em formato multimédia sobre temas interessantes. A aplicação Capzles também tem funcionalidades de rede social.
Se verificar que os alunos estão a recolher informação em quantidade, pode ser interessante que explorem diferentes formas de visualização usando, por exemplo, o Gapminder (http://www.gapminder.org).
Explore com seus alunos o https://timeline.knightlab.com/ para criar timelines interativas. O site está disponível em 40 idiomas e é compatível com o Twitter, Flickr, Google Maps, YouTube, Vimeo, Dailymotion, Wikipedia, e SoundCloud.
Segurança & Identidade Digital
De um modo geral, a utilização das tecnologias digitais que é feita pelos alunos ao longo desta atividade não os coloca perante qualquer risco em termos de segurança. Contudo, pode aproveitar a oportunidade para reforçar a importância do cuidado a ter com as informações que disponibilizamos online.
No caso do myHistro, uma vez que esta ferramenta exige um registo, aconselhamos a consulta da política de privacidade em www.myhistro.com/privacy.
Em relação às imagens e aos vídeos, será necessário alertar os alunos para a questão dos direitos de autor que possam estar associados aos mesmos. Pode encontrar mais informações sobre estas questões, neste espaço, em Segurança.
Projeto LIDIA – Literacia Digital de Adultos
Instituto de Educação, Universidade de Lisboa, 2016
Sítio do projeto: lidia.ie.ulisboa.pt
Atividade originalmente elaborada no âmbito do projeto TACCLE2 em 2013
Atividade adaptada por Ana Garcia e revista por Catarina Gonçalves para a Biblioteca de Atividades Online do projeto LIDIA em março de 2016.
Esta atividade pode ser usada, copiada, reproduzida, modificada, publicada e transmitida em todos os tipos de media ou métodos de distribuição já disponíveis ou que venham a ser desenvolvidos, bastando para isso fazer referência aos autores e ao Projeto TACCLE2 e à Biblioteca de Atividades Online (BAO) do Projeto LIDIA.